quarta-feira, 31 de agosto de 2011

GLOBO REPÓRTER - FARINHA DE BANANA VERDE COMBATE DIABETES GREEN BANANA


Ferver o chá verde aumenta os benefícios da bebida

Por editores abril postado em 25/05/2009 às 9h05
Sempre que falamos sobre chás, a recomendação é prepará-los na
forma de infusão, para preservar as propriedades medicinais das ervas. Mas,
para nossa surpresa, o chá verde não precisa seguir essa máxima. Segundo a
nutricionista Roseli Rossi, pesquisas recentes sugerem que, ao ferver a folha
deste chá, você estimula as substâncias bioativas presentes na bebida, como a
catequina.
Esse fitonutriente tem ação antioxidante e ajuda a prevenir
doenças como diabetes e câncer, além de retardar o envelhecimento. “A chamada
decocção também é mais rápida, uma vez que bastam de três a cinco minutos de fervura para
ter um chá pronto e reforçado”, afirma Roseli.
*Foto: Getty Images



A banana ficou famosa nos turbantes, nas músicas e nos cenários dos filmes da nossa pequena notável, Carmem Miranda. Que riqueza! Símbolo dos trópicos, a fruta é rica em carboidratos, vitaminas A e C, fibras e sais minerais, especialmente o potássio. Também ajuda a afastar o mau-humor, porque tem triptofano, substância que aumenta os níveis de serotonina e age como um antidepressivo. Um alimento tão completo que é sempre objeto de estudos.

Em um laboratório, é a vez da banana verde. Tudo porque ela tem uma substância especial: o amido resistente.
"O amido resistente é característico desse fruto verde. No processo de amadurecimento, esse amido resistente é degradado e transformado em sacarose", explica a mestre em ciência dos alimentos Milana Dan.
No laboratório de química e bioquímica do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), o objetivo é aproveitar o amido resistente da fruta verde.
"Esse amido resistente passa direto pelo intestino delgado, não é nem absorvido, nem digerido. Quando ele chega ao intestino grosso, é digerido pelas bactérias que ali existem. Essas bactérias, quando digerem esse amido resistente, produzem substâncias que são benéficas, tanto no intestino grosso como no nosso organismo em geral", acrescenta Milana Dan.
Benefícios que vão desde nos proteger contra um câncer de intestino até evitar o aumento de glicose no nosso sangue e como conseqüência, o diabetes.
"É importante sempre procurarmos controlar a glicemia – a glicose no sangue – e os níveis de insulina também", orienta a doutora em ciência dos alimentos Elisabete Wenzel de Menezes.
Mas como ninguém vai comer banana que ainda não está madura, os pesquisadores estão desenvolvendo uma farinha: a farinha de banana verde. Até agora, os testes em ratos durante 28 dias apresentaram um resultado animador. Com os seres humanos, os testes começam agora. Mas os primeiros ensaios mostram uma grande diferença no aumento da glicose no nosso sangue.
"Quando consumimos a banana madura, esse aumento é elevado e rápido. Quando consumimos a farinha de banana verde, esse aumento é muito menor e bem lento", informa Milana Dan.
O processo de fabricação da farinha, totalmente desenvolvido na Escola Politécnica da USP, já foi inclusive patenteado.
"Na fabricação da farinha de banana verde, você pode utilizar até aquelas bananas que normalmente são rejeitadas para a comercialização", diz a doutora em engenharia química Tatiana Tribess.
"De 40% a 50% do que é produzido de banana no Brasil não são utilizados como alimento", ressalta a doutora em tecnologia de alimentos Carmen Tadini.
Consumir a farinha de banana verde é um dos desafios. Como ela possui um sabor neutro, pode substituir em parte a farinha de trigo. Por enquanto, uma das propostas já deu certo.
Flocos de arroz, aveia e banana madura desidratada entram em uma receita, além da farinha de banana verde.
Uma barrinha tem uma grande quantidade de fibras que auxiliam a digestão. Cada uma possui apenas 70 calorias. E as vantagens não param por aí. Estudos indicam que um lanche com a barrinha pode provocar uma sensação de saciedade, ajudar a inibir a fome.

Farinha de banana verde


http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-20236-3-329833,00.html

TRUQUES CASEIROS MELHORAM APARÊNCIA DO ROSTO PELA MANHÃ


Salsinha para pedras nos rins

Para evitar as pedras nos rins e facilitar a sua expulsão através da urina, além de beber água em abundância, faça um chá com salsinha e beba um copo todos os dias.
Para fazer o chá ferva 50 gramas de salsinha picada em 1 litro de água durante 10 minutos. Deixe esfriar e coloque na geladeira. A salsa tem a capacidade de ajudar os rins a filtrar as toxinas de forma mais eficiente impedindo que assim que se formem cálculos e pedras nos rins.
Esta receita caseira é especialmente aconselhada para pessoas que tem histórico de insuficiência renal e pedras nos rins na família.

Benefício comprovado cientificamente - A salsinha pode até virar remédio para a circulação

Publicado por Renata Fraia
Em branco
Mais uma vez a sabedoria popular se comprovou. A salsa (ou salsinha), o tempero mais comum da culinária brasileira junto com a cebolinha - formando o cheiro verde - tem, realmente, propriedades medicinais, comprovadas cientificamente. O farmacêutico Douglas Chaves do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que a salsa, além de diurética, afina o sangue. É isso mesmo: ela pode combater um dos males mais comuns da Humanidade: as doenças cardiovasculares, que atingem hoje 30% da população em todo o mundo.
Os componentes químicos da salsa agem na circulação. Eles impedem a formação de trombos, coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames. Nossas avós estavam certas, com as novas descobertas, a salsinha, que todos conhecemos tão bem, pode virar um grande remédio. “Uma pílula de salsa”, adianta a bioquímica Russolina Zingali, em entrevista ao Globo Repórter – Rede Globo.
A dosagem de salsa que tem efeito medicinal ainda não está determinada, mas acredita-se que um chá deva ser feito com 20 g salsinha para um litro de água ou uma colher de chá para uma xícara. Não se deve fervê-la, apenas deixar em infusão por 15 a 20 minutos. Usá-la normalmente nos alimentos também é benéfico. Ela deve ser acrescentada apenas no final do cozimento, para que não perca as propriedades.
Aqui está uma receita, que, além de ser pra lá de gostosa, leva muita salsa.
Alichela (antepasto de aliche e salsinha)
> 1 maço de salsinha bem picadinho
> 100 g de aliche
> 2 dentes de alho
> 1 cebola média bem picadinha
> 1 xícara (chá) de azeite extra virgem
Bata no liquidificador a cebola, o alho, o azeite e o aliche. Transfira para um recipiente e acrescente a salsinha. Guarde na geladeira. Sirva com pão e torradas.
Dica: Essa receita é muito nutritiva, pois além da salsinha vai azeite e aliche (rico em ômega 3) e é delicioso. As grávidas não devem comer.
A salsinha ainda é rica em fibras, vitamina A, cálcio, fósforo, ferro, além das vitaminas C, E e do complexo B. A salsa deve ser evitada pelas mulheres grávidas, pois pode provocar sangramentos, e também por quem sofre de alguma doença que favorece hemorragias. Isso se deve a um de seus componentes, o apiol, que é estrogênico; isto é, altera o sistema reprodutor feminino e pode provocar o aborto.
Fontes: SaudecomCiência Globo Repórter(vídeo da reportagem)

GINSENG BRASILEIRO E CÂNCER

Reproduzo abaixo mais uma pesquisa que comprova o poder das plantas na cura de diversos males.


Extrato butanólico do ginseng brasileiro diminui crescimento de linhagens de células tumorais

Flávia Souza


Um extrato do ginseng brasileiro (Pfaffia paniculata) pode atuar na prevenção  e no combate ao câncer. Em estudo realizado no Laboratório de Oncologia Experimental da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, o extrato butanólico da raiz da planta diminuiu o crescimento de linhagens tumorais de células mamárias humanas.

"O extrato provocou a morte dessas células e, por isso, houve queda no crescimento das células em cultura", afirma a veterinária Márcia Kazumi Nagamine, autora do estudo. Ela adicionou álcool à raiz em pó do ginseng brasileiro e, após a evaporação do álcool, obteve o extrato etanólico, cujos resíduos deram origem aos extratos butanólico e aquoso. "Esses extratos se diferenciam pela constituição química. O butanólico, por exemplo, é composto por saponinas, substâncias que atuam na defesa da planta", explica.


Márcia testou os efeitos dos três extratos sobre duas linhagens de células tumorais. "As células utilizadas são derivadas realmente de câncer. Mas, por serem provenientes de um processo de estabelecimento em cultura, são consideradas linhagens", diz. A veterinária constatou que o efeito do extrato etanólico sobre as células é nulo. Os extratos butanólico e aquoso provocaram, respectivamente, uma queda e um aumento do crescimento celular.


"Ainda são necessários mais estudos para verificar se esses dois efeitos se anulam e, talvez por isso, o extrato etanólico não atue sobre o crescimento das células. Além disso, o fato de ter utilizado apenas duas linhagens implica a limitação de não poder generalizar esse evento (diminuição do crescimento celular) para todo tumor de mama. Cada câncer é individual." Márcia ressalta que o mais importante de seu estudo foi verificar a existência de substâncias capazes de inibir o crescimento de células tumorais. "Há muito o que se pesquisar. A planta pode conter substâncias com potencial terapêutico."


A pesquisadora também aponta que são necessárias novas pesquisas que fracionem o extrato butanólico. "Ainda há muita mistura nesse extrato. A idéia seria 'dividi-lo' até isolar a substância química responsável pelo efeito." Também é necessário investigar o efeito do extrato sobre as células normais.

Testes em animais

Pesquisas realizadas na FMVZ com animais apontam um efeito quimiopreventivo do extrato butanólico. A mestranda Patrícia Matsuzaki obteve resultados significativos em camundongos. "O extrato butanólico inibiu o crescimento de tumores mamários nesses animais", afirma a professora Maria Lúcia Zaidan Dagli, responsável pelo laboratório.

Márcia também trabalhou com camundongos em sua iniciação científica, realizada entre 2000 e 2001. Na época, a pesquisadora induziu a proliferação de células do fígado e, após dez dias de tratamento com ginseng brasileiro, houve uma redução do processo.

Segundo Maria Lúcia, os estudos caminham para uma possível aplicação em fármacos. "Após a realização de novas pesquisas, será necessário fazer testes em humanos. Mas isso não pode ser feito na Faculdade de Medicina Veterinária."

Ginseng brasileiro

A Pfaffia paniculata não é o ginseng encontrado no mercado em forma  de cápsulas, feitas a partir de plantas coreanas e norte-americanas. Apesar da semelhança no nome e na raiz, o ginseng brasileiro pertence a uma família diferente de plantas. "As propriedades da Pfaffia ainda são pouco estudadas", aponta a professora Maria Lúcia. No Laboratório de Oncologia Experimental, pesquisadores dão continuidade aos estudos na área.


Texto retirado de

http://www.usp.br/agen/bols/2005/rede1744.htm#primdestaq


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Hidratante Natural para Mãos

Romaderm, fitoterápico a base de romã

UFF - Romã no tratamento de feridas crônicas


Nanotecnologia potencializa poder curativo da romã

Mario Nicoll

Romã - ilustraçãoA medicina popular relata o uso da romã no tratamento de diversas doenças. Com a aplicação da nanotecnologia, esse poder de cura pode ser potencializado. Estudo desenvolvido por Marilza Batista Corrêa, do Instituto de Química da UFRJ, separa as substâncias do extrato de romã num processo mais eficaz, fácil, rápido e barato que o tradicional. Os resultados apontam para a possibilidade da produção de extratos enriquecidos em diferentes substâncias, dependendo do objetivo do uso.  Assim, poderão estar disponíveis diferentes concentrados: um com maior poder antiinflamatório, outro mais eficaz na ação cicatrizante e assim por diante.

Contemplada pelo programa Primeiros Projetos, a pesquisa Uso de Membranas de Ultra e Nanofiltração no Fracionamento do Extrato de Romã utiliza a técnica pela primeira vez no mundo. Apesar de o uso de membranas poliméricas no processo de separação da água ter começado na década de 1970 e de sua aplicação ter sido estendida para o beneficiamento de suco de frutas, o procedimento nunca havia sido testado em fracionamento de extratos vegetais.

MarilzaCom o processo, as frações são obtidas em concentrações mais elevadas, possibilitando a identificação de componentes minoritários. Embora o foco da pesquisa seja avaliar o desempenho das membranas, a equipe coordenada por Marilza já conseguiu identificar alguns desses componentes. O estudo isolou da romã, por exemplo, substâncias com ação cicatrizante. “Separamos uma fração rica em taninos. A partir daí é possível produzir um extrato enriquecido com substâncias cicatrizantes”, revelou a pesquisadora.

Os resultados promissores não impedem que Marilza faça questão de ressaltar que o objetivo do trabalho foi realizar o fracionamento do extrato bruto de romã utilizando membranas poliméricas sintéticas a fim de obter frações com menor número de componentes. Para chegar às substâncias enriquecidas, essas frações precisam ser submetidas a uma nova etapa de separação por cromatografia líquida de alta eficiência.

O poder fitoterápico
A medicina popular relata o uso de romã no tratamento de diversas doenças. O chá feito com as folhas é usado para lavagens dos olhos e o chá produzido a partir das cascas dos frutos é usado nas infecções de garganta, em diarréias e desinterias crônicas.  Estudos fitoquímicos descritos na literatura mostram que as cascas do fruto são ricas em taninos elágicos e derivados de ácido gálico, flavonóides, glicosilados, antocianinas, glicosídeos e ácidos graxos.

As cascas das raízes da romãzeira são ricas em alcalóides. O pericarpo apresentou atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureusClostridium perfingeda e também foram isolados taninos elágicos, que apresentam propriedades cicatrizantes. A romã, cujo nome científico é Punica granatum, pertence à família das punicáceas. Nativa da Pérsia e cultivada no Irã desde 2000 AC, foi levada pelos fenícios para o Mediterrâneo de onde se difundiu para as Américas, chegando ao Brasil pelas mãos dos portugueses.  


As vantagens da técnica

Segundo a pesquisadora, a principal vantagens do uso das membranas sintéticas é a redução da quantidade de solventes e adsorventes, o que implica em uma diminuição de custos e minimiza a exposição do técnico à grande quantidade de solvente. “Também o tempo gasto para realizar o fracionamento do extrato é reduzido, podendo ser feito em até 6 horas”, anima-se.  O processo de fracionamento usual é mais difícil, moroso e dispendioso porque são necessárias fases estacionárias apolares, tais como Sephadex e LH-20, entre outras e grande quantidades de solventes.

filtroNa primeira etapa da pesquisa – desenvolvida nas dependências do Instituto de Engenharia Nuclear – foram avaliadas diferentes membranas de ultrafiltração com diferentes valores de cortes. O objetivo foi estabelecer quais iriam separar com mais eficiência os componentes da fruta. Observou-se que as membranas com poros menores se mostraram mais eficientes, retendo com elevada seletividade os componentes de maior peso molecular, como, por exemplo, os taninos.  Os açúcares livres foram observados quase na totalidade na fase permeada.

A fase permeada rica em uma mistura de diversos componentes foi então submetida a uma nova etapa de fracionamento, utilizando membranas de nanofiltração. Nesta etapa a maior dificuldade é o ajuste do corte da membrana em função do peso molecular médio da fração permeada a fim de obter a separação desejada.

Os processos de separação por membranas são geralmente diferenciados em função da natureza da força motriz empregada para o transporte dos componentes e de suas características estruturais. Geralmente, o tamanho de poro define o processo de separação. Para se utilizar as membranas na separação, é preciso antes definir o tamanho do poro. Um grande número de membranas de nano e ultrafiltração estão comercialmente disponíveis, possibilitando a adequação a uma infinidade de processos de separação.

O mecanismo de separação se dá em função da diferença de tamanho entre as espécies presentes em solução a ser permeada e os poros da membrana. Também pode ocorrer exclusão por repulsão iônica. A separação por diferença de tamanho é mais efetiva na retenção de moléculas com pesos moleculares maiores que 200 Dalton.

Nos processo de nanofiltração a faixa de seletividade para solutos não carregados é da ordem de 0,1-10 nm, na ultrafiltração 1-100 nm de corte.  O corte de uma membrana definido como o valor do peso molecular para o qual a rejeição da membrana é de 95% opera numa faixa de pressão 5 a 25 bar.





© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.


Esteroide encontrado no extrato de romã aumenta contrações uterinas

Submitted by Ciência Diária on Thursday, 28 January 2010Um comentário
Romã pode ter mais propriedades medicinais do que se imaginava. Esteroide presente na semente pode auxiliar nas contrações do músculo uterino.
Romã pode ter mais propriedades medicinais do que se imaginava. Esteroide presente na semente pode auxiliar nas contrações do músculo uterino.
Que romã dá sorte, todo mundo já sabe. A novidade é que o extrato de sua semente também tem o poder de estimular as contrações do útero, podendo ser usada futuramente para auxiliar o trabalho de parto – de uma forma bem natural.
Uma equipe formada por pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e da Universidade de Tecnologia da Tailândia identificou que o extrato da semente de romã possui um índice elevado do esteroide beta-sitosterol (conhecido pela capacidade de inibir a absorção do colesterol pelo intestino).
O suco de romã é bastante conhecido por suas propriedades medicinais, tanto de abaixar o colesterol e a pressão arterial, como também proteger contra o câncer. Mas, até então, ninguém sabia que o seu consumo poderia de alguma maneira atuar no útero. Os resultados da atual pesquisa mostram que a substância tem efeitos também no músculo uterino.
Atualmente, a maioria das mulheres com contrações fracas em trabalho de parto são medicadas com oxitocina – um hormônio que ajuda em apenas metade dos casos, favorecendo o procedimento cirúrgico para a retirada do bebê.
Segundo os pesquisadores, ao aplicar o esteroide em amostras de tecidos de animais, as células do músculo passaram a ter maior atividade. A explicação estaria no aumento de cálcio, necessário para fazer o músculo contrair, mas que geralmente é afetado por hormônios, impulsos nervosos e uso de medicamentos.
Agora, falta aos cientistas descobrir como o esteroide pode aumentar o nível de cálcio. De qualquer maneira, a nova descoberta já é um avanço para entender como melhorar a atuação do útero da mulher em um trabalho de parto.

Cientistas desvendam ação de droga tirada de cogumelo contra o câncer

Estudo pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para vários tipos da doença.
Da BBC
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Cientistas britânicos desvendaram como atua uma promissora droga contra o câncer, descoberta inicialmente em um cogumelo selvagem. A equipe da Universidade de Nottingham acredita que seu trabalho possa ajudar a tornar a droga mais eficiente e útil para o tratamento de uma ampla gama de cânceres.

A cordicepina, comumente usada na medicina chinesa, foi originalmente encontrada em um raro tipo de cogumelo parasita que cresce em lagartas.

O cogumelo Cordyceps, também conhecido como cogumelo da lagarta, tem sido estudado por pesquisadores desde os anos 1950. Porém apesar do potencial mostrado pela droga, ela era rapidamente degradada no organismo.

Ela pode ser administrada com uma segunda droga para evitar essa degradação, mas essa segunda droga pode provocar efeitos colaterais que limitam seu uso potencial.

Como consequência, os pesquisadores voltaram suas atenções para outras possíveis drogas contra o câncer, e a ação da cordicepina sobre as células humanas se manteve pouco estudada até hoje.

Tratamentos
"Nossa descoberta abrirá a possibilidade de investigar uma variedade de diferentes tipos de câncer que poderão ser tratados com a cordicepina", afirma a pesquisadora Cornelia de Moor.

"Será possível prever que tipos de cânceres poderão ser sensíveis (à droga) e com quais outras drogas contra o câncer ela poderá ser combinada", explica.

Segundo ela, "isso também pode servir como base para o desenvolvimento de novas drogas contra o câncer que atuam sob o mesmo princípio".

Os pesquisadores também desenvolveram um método para testar o quão efetiva a droga é ao ser misturada com outras substâncias, o que poderá ajudar a resolver o problema da rápida degradação no organismo.

Proteínas
O estudo, publicado na revista especializada Journal of Biological Chemistry, observou dois efeitos sobre as células - em doses pequenas, a cordicepina inibe o crescimento descontrolado e a divisão das células, e em altas doses ela impede que as células se unam umas às outras, o que também inibe o crescimento.

Ambos os efeitos têm provavelmente o mesmo mecanismo por trás - uma interferência da cordicepina com a maneira como a célula produz proteínas.

Em doses baixas, a cordicepina interfere com a produção de RNAm (RNA mensageiro), a molécula que dá instruções sobre como montar uma proteína.

Em altas doses ela tem um impacto direto sobre a produção de proteínas.

"Este projeto mostra que podemos sempre voltar a fazer perguntas sobre a biologia fundamental de alguma coisa para refinar a solução ou resolver questões não respondidas", afirma Janet Allen, diretora de pesquisa do Conselho de Pesquisas em Ciências Biológicas e de Biotecnologia, que financiou o estudo.

"O conhecimento gerado por esta pesquisa demonstra os mecanismos de ação da droga e poderá ter um impacto em um dos mais importantes desafios da área de saúde", disse.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1428753-5603,00-CIENTISTAS+DESVENDAM+ACAO+DE+DROGA+TIRADA+DE+COGUMELO+CONTRA+O+CANCER.html


26/03/10 - 07h30 - Atualizado em 26/03/10 - 07h30

Remédio que 'cura' câncer ainda está longe das farmácias, diz pesquisadora

Cientistas descobriram como desativar gene que reproduz células tumorais.
Mas ainda há longo caminho para transformar achado em remédio.
Iberê ThenórioDo G1, em São Paulo
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Na última semana, cientistas da Harvard Medical School, nos EUA, mostraram ao mundo queencontraram o caminho para envelhecer e matar células do câncer apenas com a desativação de um gene – sem o uso de remédios fortes, como  quimioterápicos, evitando efeitos colaterais já tão conhecidos no tratamento de tumores.

A pesquisa, feita em camundongos e em estágio inicial em humanos, trouxe ansiedade para a uma possível cura do câncer, mas especialistas explicam que não é tão simples fazer uma descoberta se transformar em remédios.

Foto: Instituto Nacional do Câncer dos EUA

Imagem mostra como ocorre o processo da metástase, quando as células cancerígenas se reproduzem e se espalham pelo corpo, formando novos tumores. Com a desativação de um gene específico, cientistas conseguiram barrar a duplicação das células, impedindo a metástase e o agravamento da doença. (Foto: Instituto Nacional do Câncer dos EUA)



“É um processo de longo prazo. É bem provável que demore anos”, conta a bióloga brasileira Luciana Andrade, que pesquisa células cancerígenas em seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA.

Segundo Andrade, a descoberta de Harvard é importante, pois os cientistas conseguiram descobrir um “ponto fraco” das células cancerígenas, e agora abrem caminho para possíveis remédios que agem exclusivamente contra os tumores, praticamente sem efeitos colaterais.

A bióloga adverte, contudo, que os testes foram feitos em animais, e apenas para o câncer de próstata. Em outros tipos de câncer, o efeito da desativação do gene Skp2, como foi feito em Harvard, poderia ter outro efeito. “Cada órgão do corpo humano pode originar um tumor diferente”, conta a pesquisadora.

Tumor paralisado
O “desligamento” do gene Skp2, segundo a pesquisa divulgada na semana passada, faria com que as células dos tumores parassem de se reproduzir, impedindo que o câncer crescesse ou se espalhasse para outros órgãos – processo conhecido como metástase, que muitas vezes transforma o câncer em doença incurável. “O que mata é a metástase”, conta Luciana.

Superada a etapa de barrar a reprodução das células, ainda sobra um desafio para os médicos: o que fazer com um tumor maligno paralisado? “Ela [a célula cancerígena] pode ser removida pelo sistema imune ou não, ela pode morrer ou não. Ainda não se sabe dizer como isso ocorre. Mas conseguir controlar o crescimento de um tumor já é um tremendo avanço”, afirma a bióloga. 

Suco de romã pode frear metástase de câncer de próstata

Pesquisadores da Universidade Riverside, da Califórnia, identificaram componentes no suco de romã que podem inibir os movimento de células cancerosas e a metástase do câncer de próstata.

A descoberta pode ainda ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.

Quando o câncer de próstata reaparece no paciente depois de tratamentos como cirurgia e/ou radiação, geralmente o próximo passo é a supressão do hormônio masculino testosterona, um tratamento que inibe o crescimento das células cancerosas, pois elas precisam do hormônio para crescer.

Mas, com o tempo, o câncer desenvolve formas de resistir também a esse tratamento, se transforma em um câncer muito agressivo e sua metástase ataca a medula óssea, pulmões, nódulos linfáticos e geralmente resulta na morte do paciente.

O laboratório americano aplicou o suco de romã em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório que já eram resistentes à testosterona – quanto mais resistente à testosterona uma célula cancerosa é, maior é a sua tendência à metástase.

Os pesquisadores então descobriram que as células tratadas com o suco de romã que não morreram com o tratamento mostraram uma maior adesão, o que significa que menos células se separavam, e também queda na movimentação dessas células.

Em seguida os pesquisadores identificaram os grupos ativos de ingrediente no suco de romã que tiveram impacto molecular na adesão das células e na migração de células cancerosas no câncer de próstata já em estado de metástase.

“Depois de identificá-los, agora podemos modificar os componentes inibidores do câncer no suco de romã para melhorar suas funções e fazer com que eles sejam mais eficazes na prevenção da metástase do câncer de próstata, levando a terapias com remédios mais eficazes”, disse a pesquisadora Manuela Martins-Green.

Outros tipos de câncer

A pesquisadora afirma que a descoberta pode ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.

“Devido (ao fato de) os genes e proteínas envolvidas no movimento das células de câncer de próstata serem essencialmente os mesmos que os envolvidos no movimento de células em outros tipos de câncer, os mesmos componentes modificados do suco poderão ter um impacto muito mais amplo no tratamento do câncer”, afirmou Manuela.

Manuela Martins-Green explicou ainda que uma proteína importante produzida na medula óssea leva as células cancerosas a se mover para a medula onde elas poderão formar novos tumores.

“Mostramos que o suco de romã inibe a função dessa proteína e, assim, esse suco tem o potencial de evitar a metástase das células do câncer de próstata para a medula”, disse.

Os próximos planos da pesquisadora são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais.


Fonte: BBC Brasil